terça-feira, 11 de maio de 2010
Um grande encontro é sempre um grande encontro
Dia desses, dois carreiristas da política estavam fazendo um balanço de suas trajetórias na vida pública. O da direita, nos tempos da juventude, era um combativo militante de esquerda, vermelho até na alma.
Conversa vai, conversa vem.
Um diz em alto e bom som: “antes eu não acreditava em nada, mas hoje sei da importância da fé para trilhar os caminhos do homem, caminhos da vida. Minha igreja me dá todo o suporte espiritual para que eu continue na lida, pra ajudar esse povo sofrido de meu Deus.”
O agora na esquerda, que antes representava o capital, categórico pregava uma revolução de costumes e de prática política. Tipo mais democracia para que pudesse semear a ditadura do proletariado. Minar a liberdade para impor a igualdade.
Depois de muito troca-troca de oportunismo, de cinismo, de bandeiras, surge uma queda de braços no centro.
As forças são as mesmas, tanto da direita para a esquerda, quando da esquerda para a direita.
“Eleitor, eleitor onde estás...onde escondes...!!!???”
Mas, eis que surge um questionamento inusitado. - Quem confia nas pesquisas?
Sem sentido, os dois, numa convergência, reconhecem que as pesquisas os fazem voar dentro de gaiolas, presos as aparências do momento e tendo de cantar bonito para atrair a atenção.
Frente a frente, tendo a queda de braço virado jogo de palito, concluem que o que mais preocupa não são as pesquisas, as penalidades eleitorais, nada disso. A preocupação maior é perder, perder, e perder a chance de ajudar o povo, por causa da ingratidão.
Êta encontrinho de merda pra dizer que o eleitor não tem coração.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário